José Garcia de Castro foi um dos nobres e gloriosos integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Partiu para a guerra levando o Brasil no coração. Servia no 4º Batalhão de Engenharia, que, então, havia tomado a designação de 1º Batalhão de Pontoneiros. Após a guerra, voltou-lhe a primitiva designação de 4º Batalhão de Engenharia, mais tarde, recebendo ainda a especificação de Combate, hoje ainda designado por Batalhão de Pontoneiros da Mantiqueira. Os feitos e destemores pelos quais passou José Garcia de Castro nos campos de lutas durante os árduos meses que permaneceu na velha Itália, sob as ameaças dos apaniguados da Cruz Suástica, com suas estradas minadas, suas metralhadas e canhoadas, suas granadas e obuses traiçoeiros, como também, com Garcia de Castro, passaram os colegas do batalhão itajubenses, descrevendo todos um currículo de civismo que esses moços desempenharam em nome de sua pátria, missão essa que pode ser revivida diante de um mapa de todo histórico cenário das pelejas, com nomes geográficos que memoram um acontecimento fortuito, ou um encontro marcante nas crônicas da guerra, ou o aprisionamento de patrulhas alemãs, ou a construção de uma obra de engenharia, ou de fogo cerrado contra o inimigo, ou a tomada de uma posição estratégica, ou uma cena de derramamento de sangue: Montese, os Apeninos, Livorno, Camaiore, Fornaci, Florença, Monte Prano, Fornovo, Colecchio, Parma, Zocca, Formigene, Castelnuovo, Porreta Terme, Monte Castello, o rio Arno... E José Garcia de Castro recebeu honrosas medalhas bem como não menos honrosas citações de combate.
O denodado Expedicionário Garcia, nasceu em conceição das Pedra - MG mas se considerava itajubense, porque amava Itajubá, onde passou a maior parte de sua vida. Era filho de Amador Garcia de Castro e de D. Juventina Maria de Jesus. Quando civil desempenhou várias ocupações: trabalhou em um restaurante de Piquet-SP, foi funcionário da Fábrica de Armas de Itajubá (ora IMBEL) e do Country Club. Em Itajubá foi representante da firma de Francisco Longo, um empresário estabelecido em Belo Horizonte. Desempenhou cargo no Asilo dos Velhos, seu último emprego. Casou-se com D. Maria Garcia de Castro, que lhe deu onze filhos: Sônia Garcia de Castro, Maria da Graça de Castro, José Raimundo de Castro, Vilma Maria de Castro, Suely Maria de Castro, Lenita Maria de Castro, Carlos Roberto de Castro, Marcos Eugênio de Castro, Gisele Helena de Castro, Lisete de Castro e Adriane de Castro.
José Garcia de Castro foi velado em Itajubá, sua terra adotiva, na Capela da UNIFEI, mas está sepultado em São José do Alegre – MG.